sexta-feira, 31 de março de 2017

PILARES

Não poderia deixar de, aqui neste meu espaço, assinalar um excelente artigo que vem publicado na "A Tasca do Cherba"

Podem lê-lo aqui ou seguir este link


«Meus caros, não vos vou enganar outra vez com o título esta semana. Vou falar de Pilares. E de História, e de Arquitetura, e de Criação… E de Sporting, claro… mas vejam bem onde está o Sporting na crónica, e onde nela se pode entrever também o Rugby. Comecemos então.

Pilares de Hércules.

Estes pilares de Hércules, que nos dias de hoje sem mistérios chamamos de Estreito de Gibraltar, guardavam a saída do Mundo Antigo. Além destes pilares, ficavam a Atlântida, o Mistério, a Aventura, o Sonho. Ainda hoje cada um de nós tenta ultrapassar os seus pilares de Hércules, levando o Sonho e a Aventura para o Desconhecido. Assim se evolui, assim se vive.

Os Quatro Pilares de Salomão.

O Grande Rei Salomão, quando sonhou o Templo, mandou buscar Hiram Abiff, arquiteto do Templo, que preferiu morrer a revelar os seus segredos. Construiu esse Templo com quatro pilares, Conhecer, Ousar, Querer e Calar.
– O Conhecer, o obter o conhecimento, e o que praticar com ele;
– O Ousar, o atrever a ir mais além, o sonhar, o arriscar no desconhecido;
– O Querer, mesmo quando todos estão contra, o teimar em ter razão, o saber difícil a Empresa, mas mesmo assim não recusar o confronto;
– O Calar, calar o orgulho, observar a Obra feita, e apesar de ser imensa, saber que nada é para o Sonho. Calar fundo, no Coração o agradecimento, e não o revelar a ninguém.

Os Pilares da Criação.

Na nebulosa de Águia, erguem-se 3 pilares de poeiras cósmicas e moléculas frias de hidrogénio. Berço de Estrelas, são dos últimos que nos chegam ao nosso conhecimento, apesar de serem dos mais antigos…

Os Dois Pilares maçónicos.

Representam a entrada no Templo de Salomão, têm o nome de Boaz e Jaqim, são o Mestre e o Aprendiz, lado a lado. Ligam a Terra ao Céu, são lugar de Justiça e equidade.

Os Quatro Pilares Leoninos

Esforço, Dedicação, Devoção e Glória.

Mais que um lema, um motto, são verdadeiros Pilares para quem sente o Leão ao peito.
São o Esforço posto na Obra, apesar de sabê-la difícil, são a Dedicação dos dias e noites, em que apetecia não estar a fazer aquela Obra, seja por cansaço, ou fastio… mas a Obra tem que ser feita, a Dedicação ao Leão está sempre presente.
A Devoção, o olhar para a Obra, como algo místico, ou religiosos, ou transcendente, e o querermos sempre assim preservá-lo.
O nosso Leão é impoluto, é inquestionável, é Absoluto.
A Glória, talvez o mais efémero dos Pilares, é este o Pilar que adorna todos os outros, mas é o mais frágil e fugidio de todos. Não é o mais importante, de longe, mas o que motiva todos nós a seguir os anteriores Pilares para almejar a Glória.

Os Cinco Pilares do rugby.

 Integridade, Respeito, Solidariedade, Paixão, Disciplina.

Integridade: parte integral do jogo e deve ser aplicado dentro e fora do campo. É gerada através da honestidade e do fair-play;
Respeito: aos companheiros, aos adversários, à arbitragem e aos apoiantes, e a si próprio. Consciencializa para o equilíbrio que tem que haver entre o Eu e o Nós, em relação ao Outro.
Solidariedade: o Rugby fornece um espírito de corpo e unidade que produz grandes amizades, camaradagem, espírito de equipa e lealdade, e que ultrapassa as diferenças políticas, geográficas, culturais e religiosas;
Paixão: quem conhece o Rugby apaixona-se pela modalidade, e pelo sentir que a modalidade proporciona… muito mais que um desporto, é um modo de Vida.
Disciplina: parte integral do jogo e deve ser aplicado dentro e fora do campo.

Estes são os Pilares que nos formam. São os nossos pilares, a nossa coluna vertebral, o nosso Ser.
O sermos vertebrados não quer dizer só o ter vértebras. Quer dizer estarmos num estágio de evolução que nos permite fazer analogias entre a Coluna Vertebral e a Retidão, entre o ser Vertical e ser Íntegro.

É sabermos que alguém que não tem os polegares oponíveis, não quer dizer que não possa beber um copo de água, ou manusear um lápis, mas sim que esse alguém possui uma incapacidade intelectual de aceitar ou assimilar o que está escrito atrás.

Somos como somos, somos Nós, sofremos por assim sermos, mas nada mais podemos fazer que Ser.
Juntos.

 “Sic est voluntas Dei, somniis hominem, opus enim natus!”»

Saudações Leoninas

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