Depois da entrevista concedida ao DN onde produziu algumas afirmações que puderam ser interpretadas como criticas à direcção anterior e logo aproveitadas nos vários locais de culto do Estado Lampiónico, veio agora assumir claramente a defesa clara e inequívoca do seu e nosso SPORTING e do Presidente Bruno de Carvalho.
Tenho lido muitos artigos, quer de ataque quer de defesa de Bruno de Carvalho, mas em nenhum deles vi escrito o nome de Octávio Machado.
Na sua essência, os factos que levaram ao castigo de um e outro são os mesmos e tiveram a mesma origem: queixa do slb. E merecem o mesmo tratamento.
O meu obrigado a ti, também, Octávio Machado.
Ex-presidente do Conselho Fiscal do Sporting arrasa
Conselho de Disciplina e Benfica. Em Bola Branca, Bacelar Gouveia é
corrosivo: “Benfica tem vindo a dominar de forma escandalosa a opinião
pública e chega aos órgãos da justiça desportiva”
Bacelar Gouveia, ex-presidente do Conselho Fiscal do Sporting,
acredita que as recentes decisões do Conselho de Disciplina (CD) da
Federação Portuguesa de Futebol (FPF) contra Bruno de Carvalho têm “mão
vermelha e bem vísivel”.
O constitucionalista é directo e claro nas insinuações que faz à
interferência do Benfica nos órgãos da justiça desportiva, acusando o
emblema da Luz, nesta matéria, de um domínio “escandaloso”.
“O Benfica tem vindo a dominar de forma escandalosa a opinião pública
e chega aos órgãos da justiça desportiva. Percebe-se que há sempre uma
mão, bem visível e vermelha que está a abusar do seu poder. Pode até
fazer o seu jogo dentro das regras mas não pode utilizar vias ilegítimas
para exercer o seu domínio”, dispara Bacelar Gouveia, em entrevista a
Bola Branca, apontando a mira à “poderosíssima máquina de propaganda” do
eterno rival da Segunda Circular.
Mas mais: mesmo sem envolver o nome do Benfica nesta premissa,
Bacelar Gouveia traça um diagnóstico altamente negativo das cúpulas do
poder no futebol português.
“As pessoas que estão no futebol e que querem fazer uma estratégia
ilegítima não são amadoras. O futebol português, ao mais alto nível,
está entregue a pessoas muito ardilosas, profissionais e com muita
‘manha’. Os órgãos que devem ser independentes, por vezes, podem
sentir-se condicionados”, prossegue.
Conselho de Disciplina debaixo de fogo. “De juristas têm pouco”
As declarações do antigo dirigente leonino, que não integrou a lista de
recandidatura do reconduzido presidente do Sporting, surgem dois dias
depois do pesado castigo de 113 dias aplicado pelo CD da FPF a Bruno de
Carvalho e poucas horas depois de o órgão presidido por José Manuel
Meirim ter aberto novo processo disciplinar ao líder verde e branco,
devido a violação das condições da suspensão a que está submetido.
Neste aspecto, Bacelar Gouveia é duro nas críticas dirigidas ao CD,
recomendando até um reavivar de teoria básica de Direito aos dirigentes
daquele órgão.
“Penso que há uma grande falta de bom senso e falta de cultura
jurídica das pessoas que estão na justiça desportiva. De juristas têm
pouco e estão a precisar um curso de reciclagem de Introdução ao Direito
e do que é a Constituição e o respeito das liberdades fundamentais”,
remata, rotulando de “manifestamente disparatadas, exageradas e
desproporcionadas” as deliberações que visam a proibição de qualquer
declaração pública da parte do presidente dos leões.
“Isso é limitar o direito à liberdade de expressão, que é algo de
elementar. Admito que possa haver castigos do ponto de vista desportivo e
algumas restrições mas nunca chegando a esse extremo. Essa decisão não
tem qualquer adequação com o que se pretende com a medida. Se a medida é
punir algo que o presidente do Sporting fez de errado, não é preciso
chegar a este exagero”, aponta.
Recurso para os tribunais civis? “Justiça pode reparar violação grosseira da Constituição”
Ora, a propósito de alegadas limitações ao direito à liberdade de
expressão, Bruno de Carvalho reagiu a toda a escala, já depois de ter
ficado a saber que enfrenta novo processo disciplinar. O presidente do
Sporting não admite que a sua acção verbal, enquanto dirigente, possa
ser limitada, prometendo ir até às “últimas consequências” e, caso seja
necessário, interpor recurso junto do Tribunal Europeu.
Bacelar Gouveia compreende a frustração de Bruno de Carvalho,
aceita-a e, sobretudo, apoia-a, suportado na Constituição, recordando
que as decisões da justiça desportiva, em casos devidamente comprovados,
podem ser alvo de anulação por parte do poder judicial civil.
“A questão é saber se se trata de algo estritamente desportivo. Se se
verificar que o que está em causa são os direitos fundamentais dos
cidadãos, a justiça desportiva não pode nunca ficar imune ao poder
judicial do Estado, que pode reparar uma violação grosseira da
Constituição”, completa.
Saudações Leoninas
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