Não poderia deixar de, aqui neste meu espaço, assinalar um excelente artigo que vem publicado na "A Tasca do Cherba"
Podem lê-lo aqui ou seguir este link
«Meus caros, não vos vou enganar outra vez com o título esta semana.
Vou falar de Pilares. E de História, e de Arquitetura, e de Criação… E
de Sporting, claro… mas vejam bem onde está o Sporting na crónica, e
onde nela se pode entrever também o Rugby. Comecemos então.
Pilares de Hércules.
Estes pilares de Hércules, que nos dias de hoje sem mistérios chamamos
de Estreito de Gibraltar, guardavam a saída do Mundo Antigo. Além destes
pilares, ficavam a Atlântida, o Mistério, a Aventura, o Sonho. Ainda
hoje cada um de nós tenta ultrapassar os seus pilares de Hércules,
levando o Sonho e a Aventura para o Desconhecido. Assim se evolui, assim
se vive.
Os Quatro Pilares de Salomão.
O Grande Rei Salomão, quando sonhou o Templo, mandou buscar Hiram Abiff,
arquiteto do Templo, que preferiu morrer a revelar os seus segredos.
Construiu esse Templo com quatro pilares, Conhecer, Ousar, Querer e
Calar.
– O Conhecer, o obter o conhecimento, e o que praticar com ele;
– O Ousar, o atrever a ir mais além, o sonhar, o arriscar no desconhecido;
– O Querer, mesmo quando todos estão contra, o teimar em ter razão, o
saber difícil a Empresa, mas mesmo assim não recusar o confronto;
– O Calar, calar o orgulho, observar a Obra feita, e apesar de ser
imensa, saber que nada é para o Sonho. Calar fundo, no Coração o
agradecimento, e não o revelar a ninguém.
Os Pilares da Criação.
Na nebulosa de Águia, erguem-se 3 pilares de poeiras cósmicas e
moléculas frias de hidrogénio. Berço de Estrelas, são dos últimos que
nos chegam ao nosso conhecimento, apesar de serem dos mais antigos…
Os Dois Pilares maçónicos.
Representam a entrada no Templo de Salomão, têm o nome de Boaz e Jaqim,
são o Mestre e o Aprendiz, lado a lado. Ligam a Terra ao Céu, são lugar
de Justiça e equidade.
Os Quatro Pilares Leoninos
Esforço, Dedicação, Devoção e Glória.
Mais que um lema, um motto, são verdadeiros Pilares para quem sente o Leão ao peito.
São o Esforço posto na Obra, apesar de sabê-la difícil, são a Dedicação
dos dias e noites, em que apetecia não estar a fazer aquela Obra, seja
por cansaço, ou fastio… mas a Obra tem que ser feita, a Dedicação ao
Leão está sempre presente.
A Devoção, o olhar para a Obra, como algo místico, ou religiosos, ou transcendente, e o querermos sempre assim preservá-lo.
O nosso Leão é impoluto, é inquestionável, é Absoluto.
A Glória, talvez o mais efémero dos Pilares, é este o Pilar que adorna
todos os outros, mas é o mais frágil e fugidio de todos. Não é o mais
importante, de longe, mas o que motiva todos nós a seguir os anteriores
Pilares para almejar a Glória.
Os Cinco Pilares do rugby.
Integridade, Respeito, Solidariedade, Paixão, Disciplina.
Integridade: parte integral do jogo e deve ser aplicado dentro e fora do campo. É gerada através da honestidade e do fair-play;
Respeito: aos companheiros, aos adversários, à arbitragem e aos
apoiantes, e a si próprio. Consciencializa para o equilíbrio que tem que
haver entre o Eu e o Nós, em relação ao Outro.
Solidariedade: o Rugby fornece um espírito de corpo e unidade que produz
grandes amizades, camaradagem, espírito de equipa e lealdade, e que
ultrapassa as diferenças políticas, geográficas, culturais e religiosas;
Paixão: quem conhece o Rugby apaixona-se pela modalidade, e pelo sentir
que a modalidade proporciona… muito mais que um desporto, é um modo de
Vida.
Disciplina: parte integral do jogo e deve ser aplicado dentro e fora do campo.
Estes são os Pilares que nos formam. São os nossos pilares, a nossa coluna vertebral, o nosso Ser.
O sermos vertebrados não quer dizer só o ter vértebras. Quer dizer
estarmos num estágio de evolução que nos permite fazer analogias entre a
Coluna Vertebral e a Retidão, entre o ser Vertical e ser Íntegro.
É sabermos que alguém que não tem os polegares oponíveis, não quer dizer
que não possa beber um copo de água, ou manusear um lápis, mas sim que
esse alguém possui uma incapacidade intelectual de aceitar ou assimilar o
que está escrito atrás.
Somos como somos, somos Nós, sofremos por assim sermos, mas nada mais podemos fazer que Ser.
Juntos.
“Sic est voluntas Dei, somniis hominem, opus enim natus!”»
Saudações Leoninas
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